terça-feira, 28 de dezembro de 2010

louvre

E finalmente! Só fui me deleitar nos corredores do Louvre no quarto dia. Sei que nesse dia houve uma grande nevasca em Paris, e eu só a avistei pelas janelinhas entre uma galeria e outra, e a vista era maravilhosa, diga-se de passagem. Por algum motivo, nesse dia não desci na estação certa, Palais Royal - Musée du Louvre. Desci na Louvre-Rivoli então caminhei um pouco sob a neve e passei em frente à bela praça que abriga o Hotel du Louvre.




No começo de dezembro não achei Paris nem um pouco lotada (em compensação agora na época de Natal está uma loucura). Logo não tive que enfrentar as épicas filas para entrar no museu. Foi super rápido. Comprei um guia multimídia mas acabei quase não usando, não sei se valeu a pena.. deve ter custado uns 6 euros. 

Saguão do Louvre

Fiquei instantaneamente encantada pelo prédio. Maravilhoso, inicialmente ele foi construído para ser uma palácio, então não é a toa que até as paredes do lugar impressionam. Ah, e logo de fora já dá para sentir porque todos falam que é impossível visitá-lo em apenas um dia. Você anda, anda, anda na rua e pensa: "gente, isso aqui ainda é Louvre"? Então meu plano não foi muito audacioso: procurar as "celebridades" e parar no caminho para olhar qualquer coisa que chamasse minha atencão especificamente. Claro que não aconteceu beeem assim porque parei horrores mas ahn.Voilá. 


Comecei pelas antiguidades gregas na intenção de encontrar a Vênus de Milo, que achei realmente sublime.

Vênus de Milo

Aprendi lá que a estátua foi encontrada exatamente desse jeito soterrada junto com parte de um braço e uma mão segurando uma maçã perto de duas colunas. Os pedaços se perderam, só a estátua sobreviveu.

A "Hermaphrodite endormi" foi uma das que me chamou a atenção no caminho.

Hermaphrodite endormi

O próximo foi o "Bain turc" de Jean-Auguste Ingres. "... cette oeuvre marque l'aboutissement des recherches de l'artiste sur le corps féminin et l'exotisme ottoman.".

Bain turc

E então "Le Tricheur" (A Trapaça) de Georges de La Tour. A descrição da pintura falava do tema frequente do jovem homem em contato com as  três grandes tentações contra a moral do século XVII: o jogo, o vinho  e a luxúria. 

Le Tricheur

Um dos vários pátios
Retrato de Jean II le Bon

La Dentellière (A rendeira) de Johannes Vermeer

E a neve lá fora...

Victoire de Samothrace

Victoire de Samothrace

Esta foi uma das esculturas que mais me chamou a atenção. A representacão de Niké, deusa da vitória.

"Vitória de Samotrácia, também conhecida como Nice de Samotrácia, é uma escultura que representa a deusa grega Nice[1] (emgrego Νίκη, Níkē ou Niké – "Vitória"), cujos pedaços foram descobertos em 1863 nas ruínas do santuário dos grandes deuses. Emgrego, o seu nome é Níkē tes Samothrakes (Νίκη της Σαμοθράκης). Fazia parte de uma fonte, com a forma de proa de embarcação, em pedra calcárea, doada ao santuário provavelmente pela cidade de Rodes. Actualmente está em lugar de destaque numa escadaria do Museu do Louvre, em Paris." (http://pt.wikipedia.org/wiki/Vit%C3%B3ria_de_Samotr%C3%A1cia)

A verdade é que não importa qual seja a época do ano ou a hora do dia, La Joconde (Mona Lisa) vai estar sempre rodeada de turistas japoneses. Aliás, parêntesis: o povo japonês é tão viciado em trabalho e estudo, etc. E tem tão pouco tempo de férias por ano então como que todas as cidades turísticas vivem LOTADAS de turistas japoneses? Taí o paradoxo do turista japonnês.

La Joconde, Léonard de Vinci

É isso aí.

Sanduíche frio de de frango e presunto (eca) + mocha

Déjeuner au Café Mollien

La Vierge aux rochers, Léonard de Vinci

Impossível tirar uma foto aceitável deste enooorme quadro de Léonard de Vinci, mas foi mais uma das obras que mais achei interessante no museu. Uma curiosidade é que a mocinha do Código da Vinci usa este quadro para fugir da perseguição da polícia no livro.

Grande Galerie - onde fica a maior parte dos "de Vinci"

E agora a minha obra preferida de todo o Louvre, Psyché reanimée par le baiser de l'Amour, de Antonio Canova. 

Cupidon et Psyché

Cupidon et Psyché

Cupidon et Psyché

Segundo a lenda, Cupidon desperta Psyché do sono eterno com um beijo. Impressionante.

E a minha visita terminou com os escravos de Michel-Ange. 

l'Esclave mourant

l'Esclave rebelle

Os dois escravos

Fim. :) Entrei na parte da manhã e quando saí já estava assim:


Bem, nesse dia eu havia decidido passar na Lomography de qualquer jeito para comprar minha lomo que eu queria muito levar para Londres, e eu partiria na manhazinha do outro dia. Saí do Louvre e andei andei até a loja, me perdi umas duas vezes e enfim cheguei. O vendedor foi suuuper simpático, ficou por minha conta e fiquei horas escolhendo. Escolhi uma Diana com flash e uma lente fisheye. <3 Na hora de pagar... cadê a minha carteira? :( "Yolandei" e perdi a carteira, constatei que não havia rastro dela na minha mochila. Eu apavorei, comecei a chorar, fiquei péssima, vi minha viagem para Londres ir por água abaixo, etc. O vendedor muito sensato me disse que provavelmente fui vítima de pickpocket no metrô. Mas mesmo assim ele ligou no Louvre para ver se eles haviam encontrado e me disse que eles retornariam apenas no outro dia. Deixei o celular do Benoît com ele para ele dar notícias caso encontrassem e fui para casa desolada. Mas quando cheguei em casa o Antoine veio correndo: "Yolanda, ils ont trouvé ton portefeuille!" Eu simplesmente tirei minha carteira da mochila para fazer uma compra miserável de 3.50 euros na lojinha de souvenirs do Louvre e aparentemente a larguei lá! Porém já era tarde para buscar e meu Eurostar no dia seguinte saía às 06:30 da manhã. Não havia mais nada a fazer além de desistir da minha passagem e comprar um easyjet na sexta perdendo portanto a viagem de TGV e um dia inteirinho e meio em Londres. E eu queria tanto atravessar o canal. Voilá. Pelo menos fui dormir feliz por não ter sido roubada. :)

Hora de dormir para aproveitar meu último full day in Paris amanhã. Bonne nuit!

























   






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